São anos de tentativa, lobby e negociações para transformar o surfe em um esporte Olímpico. Certamente, atletas, praticantes e admiradores do esporte veem a estreia da modalidade em Tóquio como um dos grandes marcos.
por Janaína Pedroso
Depois da contribuição do célebre Duke Kahanamoku, que apresentou o surfe para EUA e Austrália, transformando o esporte em algo mundial, os Jogos Olímpicos disputados em Tóquio podem ser, inegavelmente considerados algo realmente transformador para o surfe global.
No entanto, pairam dúvidas e muita expectativa sobre como será a estreia do surfe no Japão das Olimpíadas.
Já se sabe que as condições não serão as mais desafiadoras, muito menos empolgantes. A praia de Tsurigasaki, está longe de oferecer ondas grandes, tubos profundos. Muito diferente do que é conhecido sobre o Taiti, a propósito.
Ontem, 03, o Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou que o surfe será apresentado nas aterrorizantes, porém perfeitas ondas de Teahupoo. Apesar da distância da sede, Paris, ter gerado certa polêmica, o que sobrou foi a certeza de que altas ondas não deverão faltar.
Nada de marola, o que ameaça é microscópico
Falta de onda, qualidade ruim, dificuldade na logística de transmissão, ficar a mercê da Natureza. Nada disso é mais problema. Antes da pandemia, que invadiu o mundo recentemente, essas pareciam ser as questões debatidas sobre a estreia do surfe nas Olimpíadas. Fatores que determinariam então o fracasso ou o sucesso do sonhado debute.
Entretanto, hoje sabe-se que a ameaça é algo jamais esperado. Um vírus propagado por algo microscópico, porém capaz de exterminar e deixar em pânico parte da humanidade?
O coronavírus não ameaça apenas as Olimpíadas de Tóquio e o bem-estar de centenas de milhares de humanos, mas a economia, as bolsas, as indústrias.
Porém, apesar de já ter havido eventos cancelados no Japão, como o adiamento do treino de voluntários dos Jogos, por exemplo, é prematuro dizer que o evento não ocorrerá.
Por fim, vale lembrar que as Olimpíadas já ocorreram em situações mais ou igualmente preocupantes e ameaçadoras como guerras e atentados. Como bem lembrou a colunista Katia Rubio em excelente artigo publicado no último domingo (29).
Afinal, a estreia do surfe nas Olimpíadas estaria de fato ameaçada? Aguardemos.
Crédito foto de capa: ©Tokyo 2020
Vai rolar, estamos torcendo por aqui…
Lamentavelmente o governo bolsonaro não está fazendo nada para conter a epidemia e nossos surfistas podem ter que ficar sem participar. Uma pena.
Gostaria de fazer um ótimo comentário, mas me encontro sem informações, muitas sao as especulações mas nada é afirmado , até o cob não tem informação concretas, Japão a terra do sol nascente , grandioso em tecnologia, poderia ter uma piscina de ondas, mas desculpe olimpíada hoje é loob e política. …vamos aguardar.
Lamentável pra toda comunidade do Surf, principalmente brasileira , pois somos a maior potência dentro d’água . Fora d’água, como organizadores, entramos na área política/ partidaria , lamentavelmente.
O texto não está falando de lobby ou política. .
Mas da ameaça eminente do vírus certo? ??