11 – Ataque de tubarão em Honolua
A notícia não era nada animadora: um ataque de tubarão na Baía de Honolua interromperia a disputa feminina da primeira etapa mundial de surfe, após longo hiato. O surfista atacado não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois, deixando tudo ainda mais nebuloso.
Porém, o trágico acidente acabou por levar as mulheres ao principal pico de surfe do planeta! Histórica, a etapa feminina em Banzai Pipeline pode se tornar um marco importante para a categoria, caso esta tenha sido a primeira de muitas provas entre as mulheres por lá.
10 – Surto de Covid 19
Presenças indesejadas no retorno do mundial em Pipeline, causaram não só a paralisação da etapa feminina, mas também da masculina. Isso porque um surto de Covid 19 acometeu a equipe da Liga Mundial e entre os infectados estava o CEO da WSL, Erick Logan.
9 – Yago no epicentro da polêmica
A internet é fantástica, mas pode ser também um lugar terrível. Afinal, pipocaram nas redes e sites estrangeiros uma notícia extremamente enviesada. O brasileiro Yago Dora parece ter contraído o novo coronavírus dias antes do evento começar, porém o surfista já teria recebido diagnóstico negativo para a doença quando chegou ao Havaí. Mesmo assim, Yago foi apontado como o ‘paciente zero’, por sites havaianos e australianos. Fato que não foi confirmado pela Liga Mundial. Portanto, puro boato.
8 – Interferência do Kelly e a nova regra de cancelamento de notas
Ao que tudo indica a WSL mudou mesmo a regra de interferência. Afinal de contas, Mr. Kelly Slater teve todas as suas notas zeradas após cometer uma falta contra John John Florence. Teria sido Medina e sua interferência polêmica contra Caio Ibelli, quem motivou a alteração da regra?
7 – Medina e John John um nível acima
É nítida a diferença de performance de Medina e John John e o resto dos atletas do Tour. Em outros picos, porém, essa disparidade fica um tanto camuflada, mas em Pipeline a superioridade de ambos atletas é estarrecedora!
6 – Transmissão capenga
A transmissão do evento deixou a desejar e por muitos momentos ficou fora do ar!
5 – Feminino em Pipe
Para a tristeza dos machistas de plantão e a alegria das surfistas, as mulheres finalmente competiram em Pipeline. Fato que coloca um marco na história do surfe mundial, decididamente.
Desde que Joyce Hoffman ficou conhecida como a primeira mulher a surfar a onda de Pipeline, nos anos 60, até hoje, uma longa jornada de avanços e retrocessos marcou o surfe feminino.
Contudo, a premiação igualitária e posturas como a de Tyler Wright, que assumiu a bissexualidade em meio a uma turnê mundial, parecem ser fatores para animar o coro dos progressistas de plantão!
4 – Carissa Moore quase impecável
Atitude, performance, plasticidade! Carissa é completa e não é à toa que a havaiana tem quatro títulos mundiais no currículo. Essa etapa, e especialmente em Pipeline, a surfista provou porque é uma das maiores surfistas da atualidade. Linda de ver!
3 – Italo contundido
Italo Ferreira deu um susto nos fãs e espectadores que curtiam o mundial em Pipe. Líder do ranking, até então, Ferreira surfou com dores, após bater contra a bancada de corais, durante a bateria das quartas de final contra Jeremy Flores.
Mesmo contundido, Italo mostrou muita atitude, botando pra baixo e morrendo em tubos sinistros inclusive. Com o resultado em Pipe, o brasileiro desce para a terceira colocação no ranking.
2 – Kelly Slater e seu surpreendente legado
É difícil falar em legado enquanto se está em plena atividade. Porém, com o norte-americano Kelly Slater, o sentido figurado do termo caiu como uma luva: o que é transmitido às gerações que se seguem. Quantas gerações Kelly terá inspirado quando o dia de sua aposentadoria chegar?
Ritmo de competição, força física, e disposição para a inovação demonstrados por ele nessa etapa são realmente surpreendentes! Biquilha em Pipe? Ave Maria!
1 – Um sopro de alegria
Motivação, esperança e entusiasmo, foi um pouco de cada um desses sentimentos que o retorno do mundial de surfe em Pipeline trouxe ao esporte de modo geral.
Depois de praticamente um ano inteiro sem competições, já pairavam dúvidas a respeito da sobrevivência do Circuito Mundial produzido pela WSL.
Obviamente não é de hoje que há rumores sobre a instabilidade comercial do formato, e até quando ele então se sustentaria.
A verdade é que com a pandemia, a pausa forçada mostrou, pelo menos a mim, como é importante para o esporte de forma geral a permanência de um circuito global como o que a WSL desenvolve.
Se há falhas, exageros, certamente há, mas a hora é de festejar o trabalho e esforços desempenhados por toda a comunidade do surfe e torcer por dias melhores!
Foto Tony Heff/World Surf League via Getty Images Tyler por Keoki Saguibo/World Surf League via Getty Images
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